A cantora mineira Carmen Silva, conhecida como "A Pérola Negra",
morreu às 4h30 desta segunda (26), em São Paulo, aos 71 anos. A
informação foi confirmada pelo Hospital Presidente, em São Paulo, onde
ela estava internada desde o dia 14.
Segundo o hospital, a morte foi causada por uma parada cardíaca provocada por um quadro de tromboembolia.
Com o claro talento para a música, tentou a sorte em programas de
calouros na década de 1960, quando começou a se destacar pela voz
impostada e imponente.
Após vencer o concurso "Um Cantor por um Milhão, um Milhão por uma
Canção", na TV Record, recebeu o convite para gravar o primeiro
compacto, "Adeus, Solidão" (1969), versão de Newton Miranda para a faixa
"Picking up Pebbles", de Johnny Curtis.
O primeiro álbum foi lançado em 1971. Dois anos depois, editou "A
Pérola Negra", com uma icônica ilustração de seu rosto na capa. O disco,
que ganhou o status de "cult", renderia a ela o apelido que a
acompanhou até a morte.
Ao longo da carreira, ganhou vários
prêmios, como o Roquete Pinto e o Chico Viola, e emplacou sucessos como
"Fofurinha", "O Destino Nos Separou", "Sapequinha", "Espinho na Cama",
"Fotografia" e "Amor com Amor se Paga".
Apesar do êxito cantando
sambas, Carmen, que tinha origem sertaneja, dizia que sua preferência
era pelo repertório romântico e que não queria ficar estigmatizada por
cantar um gênero só.
Nos anos 1990, após o declínio na carreira e uma consequente depressão, ela se tornou evangélica, passando a adotar o estilo também em suas músicas e a excursionar nos Estados Unidos.
Nos anos 1990, após o declínio na carreira e uma consequente depressão, ela se tornou evangélica, passando a adotar o estilo também em suas músicas e a excursionar nos Estados Unidos.
Depois de gravar três álbuns religiosos com sucesso, ela
decidiu não renovar contrato com a gravadora Graça Music, deixando a
música em segundo plano.
Carmen Silva lançou mais 20 discos e participou de mais de 25 coletâneas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário