O ex-apresentador do “Balanço Geral DF”, Marcos Paulo Ribeiro de Morais, conhecido como Marcão do Povo, notificou extrajudicialmente a Record TV, após ser demitido por chamar Ludmilla de “pobre” e “macaca”. O advogado do apresentador, Rannieri Cavalcanti Lopes, falou em entrevista à revista “Veja” que Marcão não concorda com a demissão e exige que emissora pague uma multa por quebra do contrato, que terminaria no segundo semestre de 2019.
Segundo o advogado, Marcão recebeu uma notificação extrajudicial da Record no dia 20 de janeiro avisando sobre a rescisão do seu contrato com a emissora devido aos comentários pejorativos. “Foi uma decisão unilateral. O Marcão não viu nenhum motivo para quebra do contrato. Ele não quebrou qualquer cláusula”, disse Lopes a “Veja”.
Marcão teria sido “impedido de apresentar o programa”, de acordo com o advogado, e não aceitou assinar a demissão proposta pela Record, o que levou a emissora a enviar a notificação. Ele então contra-notificou a empresa no dia 22 de janeiro. “Foi dado um prazo para a Record responder e ele vai correr atrás dos seus direitos”, afirma Lopes.
O ex apresentador quer que o canal pague a multa pela rescisão por não ver motivo de justa causa. O advogado não pôde informar o valor da multa nem o prazo estipulado. Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do portal “UOL”, a indenização pode chegar até 10 milhões de reais.
Lopes afirma que a Record está em posse do documento há dias. Mas a assessoria da emissora disse à reportagem da revista “Veja” que não tem informações sobre o caso.
Na última semana, Marcão do Povo tentou justificar sua fala. Ele explicou que no interior do centro-oeste brasileiro, a expressão “macaco preto” é uma referência a pessoas de baixo poder aquisitivo que enriqueceram, como é o caso de Ludmilla – e, nas palavras de Marcão, dele mesmo.
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